O tabagismo é reconhecido como uma doença crônica causada pela dependência à nicotina, presente nos produtos à base de tabaco, e está ligado a uma série de doenças tabaco-relacionadas. Somando-se a isso, é considerada uma doença pediátrica. No Brasil, o tratamento para a cessação do tabagismo desde 2004 é oferecido em todos os níveis de complexidade pelo Sistema Único de Saúde (SUS), contudo, os protocolos internacionalmente utilizados parecem ter limitações significativas quando utilizados em populações tabagistas de crianças e adolescentes. Os sais de nicotina apresentam um menor grau de irritação e impacto na boca e na garganta causado pela nicotina, possibilitando o uso de concentrações maiores de nicotina. A nicotina sintética tem se mostrado a cada dia mais viável economicamente falando e já existem no mercado produtos que se utilizam dessa forma de nicotina, entretanto, poucos estudos foram conduzidos no sentido de avaliar seus impactos à saúde. As novas formas de nicotina e sua forma sintética, associadas com produtos com design atraente, especialmente para os mais jovens, trazem desafios técnicos consideráveis para os profissionais da saúde, pois desconhece-se, no momento, protocolos eficazes para tratar a dependência à nicotina originada dessas novas formas de consumo.