Volume 49, 2020
GENERAL ISSUE ON HUMAN RIGHTS
Mester XLIX welcomed submissions for articles, essays, interviews and book reviews written in Spanish, Portuguese, and English from transdisciplinary and interdisciplinary approaches related to Human Rights. Mester XLIX also encouraged submissions focused on – but not limited to – Andean and Amazonian perspectives on Ecosocial Human Rights for a Special Topic.
FRONT MATTER
FRONT MATTER
Front Matter
CONTENTS
INTRODUCTION
Introduction
On behalf of the Editorial Board of Mester, the academic journal of the graduate students of the Department of Spanish and Portuguese at the University of California (Los Angeles), I am honored to introduce its forty-ninth issue. Mester XLIX welcomed submissions for articles, essays, interviews and book reviews written in Spanish, Portuguese, and English from transdisciplinary and interdisciplinary approaches related to Human Rights. Mester XLIX also encouraged submissions focused on – but not limited to – Andean and Amazonian perspectives on Ecosocial Human Rights for a Special Topic, underlining the importance of both regions as “intangible zones”1 whose visibility is a prerequisite for the task of devising strategies to meet the current challenges of global warming.
HUMAN RIGHTS
Condenados da Terra: o confinamento dos pobres em Campos de Concentração no Ceará, Nordeste do Brasil
Tratarei neste artigo da construção de Campos de Concentração para confinar os flagelados durante a seca de 1932 no Estado do Ceará, nordeste do Brasil. Trata-se de conflitos gerados pelas relações de poder entre Estado, elite e população pobre em face da falta de políticas de democratização da água e da terra. Tensões que se tornam mais agudas em momentos de seca.
O direito humano fundamental à literatura no Brasil distópico da era bolsonarista
A literatura pode contribuir para desentorpecer as pessoas? Com essa pergunta, dispara-se o gatilho dialógico entre direitos humanos e literatura, que tem como palco o Brasil bolsonarista, marcado por um autoritarismo crescente e caracterizado como distópico no presente artigo. Analisam-se, no texto, a literatura como direito humano fundamental, com base nas concepções e funções da literatura e o significado de direitos humanos e de distopias literárias, sobretudo através da obra Fahrenheit 451.
Recordar as crianças de Morélia: a literatura como espaço de construção de memória em La Identidad Perdida
Dos vários capítulos temáticos que compõem o mosaico do exílio espanhol no México, o primeiro e mais comovedor é o das crianças no desterro. O exílio, para aqueles cerca de 500 espanhóis menores de idade, tem início mesmo antes da derrota republicana na guerra civil. No desespero das famílias em proteger os seus filhos das ameaças da guerra, muitas aceitam a oferta e tomam a difícil decisão de enviar suas crianças e adolescentes desacompanhados ao México. Mesmo passadas tantas décadas, as crianças de Morélia continuam, especialmente após a virada do milênio, a ser motivos de criação. O objetivo desse ensaio é analisar um desses objetos culturais, o romance La Identidad Perdida – La historia oculta de los niños de Morelia (2010), de Lola Moreno.
ECOSSOCIAL HUMAN RIGHTS
Prefacio
Nunca más la sociedad humana volverá a ser la misma que antes de la pandemia, dicen los académicos, los científicos, los filósofos. Nunca más debemos volver a “la normalidad”, porque la normalidad es un sistema económico injusto y asimétrico, que ha hecho posible que el 1 por ciento de ricos en un planeta que tiene 7 mil millones de habitantes, concentren y disfruten de más del 90 por ciento de la riqueza mundial...
Identity, Displacement and Memory: A Decolonial Approach to Amerindian and African American Literature of the Americas
In this essay, I will focus on this issue by briefly analyzing the representation of identitarian displacement in creative writings of Black and Amerindian authors from the Americas and thereby revealing the impact of the colonial past on present–day lived experience. In the final part, I will present a theoretical approach with which to examine the aesthetics of violence in multiethnic literature of the Americas.
Co-Creating Commons with Earth Others: Decolonizing the Mastery of Nature
In this article, I examine the onto-epistemological process of colonization that has led to the industrial revolution and the western modern way of exploiting an insentient, inert and mechanical nature. I propose that it is only through a non-anthropocentric, non-hierarchical, and reciprocal co-animation between humans and earth others that we can decolonize the master’s story of nature (as well as of society) and thus be able to create true commons.
Ethical Cosmologies in Amazonia
In this article, I am making the argument that addressing issues of cultural and social representations of Peruvian Amazonia by the national community – both political civil society – with a narrow temporal synchronic and spatial materialistic perspective (three or four hundred years of history and the reduction of bio-physical diversity to a few commoditized “resources”) lessens drastically our ability to fully understand and interact intelligently and ethically with this vast portion of Peru’s national territory. I am proposing the qualitative shift to an emic way of thinking and analyzing Amazonia, that is to say adopting the indigenous way of knowing and co-existing with the forest as a living entity peopled by thinking and feeling entities with will, intentionality and teleological energy-synergy.
Notas sobre la socio-natura ontológica indígena
This article dwells on the ontological notion of historical disruption of the Indigenous body politic of Abyayala. Focusing on the concept of 're-membering' preserved in the Quechua-aymaran linguistic memory of destruction or 'dis/memberment', also conceptualized by various Indigenous languages of the Abyayala (the ancient name of the Americas), it illustrates the Indigenous socio-nature of regeneration. Rejecting an euro-anthropocentric binary perception of nature and culture, it proposes to resituate an Andean and Indigenous nomos.
Derechos indígenas en el Perú: Transgresiones y contrabandos normativos
El presente texto tiene por finalidad poner en evidencia los atropellos realizados por el Estado de derechos reconocidos en los instrumentos internacionales suscritos y ratificados por el Perú, algunas veces de manera subrepticia, de contrabando, podríamos decir, y otras, generando ruido y, lo que es peor, tragedia. La poca importancia que el Estado peruano le da a los compromisos internacionales que asume al suscribir o, en su caso, ratificar, esos instrumentos, es tan flagrante que los años de su entrada en vigencia coinciden con los de promulgación de normas que los transgreden.
Modelo neoextrativista e supressão de direitos territoriais: comunidades ribeirinhas amazônicas em contagem regressiva
O texto pretende demonstrar, a partir da implementação das Usinas Hidrelétricas Santo Antônio e Jirau no rio Madeira (Rondônia, Brasil), os caminhos institucionais e discursivos específicos adotados na expansão dessa fronteira, que precificam e nivelam por baixo padrões de proteção ambiental e de direitos sociais e culturais vigentes no país. Procuramos verificar como se enredaram esses processos em pesquisa e diálogo com os moradores da comunidade Maravilha. Nesse contato percebemos que apesar das sucessivas desterritorializações impostas à comunidade, prossegue a trama pela sua sobrevivência econômica, social e cultural. Nosso objetivo foi definir os marcos dessa trama, contribuindo para a reflexão, valorização e proteção de âmbitos culturais realçados no envolvimento efetivo dos moradores na construção de suas narrativas e na singularização de seus lugares e patrimônios.
El Ecuador retrocediendo a 1492 con el Decreto 883
En este trabajo, me fundamento en los conceptos quechuas de Ama Llulla, Ama Shuwa, Ama Killa, Ama Shitak y Ama Wañuchik, para examinar las movilizaciones que vivió el Ecuador en octubre 2019, teniendo en cuenta otros contextos políticos latinoamericanos. Propongo el Sumak Kawsay o Sumaq Qamaña (“vivir bien”) como una alternativa ética y política que puede contrarrestar las catástrofes sociales, económicas y políticas del presente.
MEGAMINERAÇÃO DE NIÓBIO EM GOIÁS, BRASIL: TERRITÓRIOS FRATURADOS A CÉU ABERTO
Resumo: Este artigo analisa a territorialização da megamineração de nióbio em Goiás, Brasil. Demonstra as implicações socioespaciais da mineração a céu aberto na mina Boa Vista, localizada no município de Catalão (GO), no cotidiano do trabalho e da cultura em comunidades rurais. Consequentemente, sublinha os conflitos territoriais provocados por essa atividade extrativa em grande escala. Os procedimentos metodológicos contam com levantamentos de dados e informações sobre a produção mineral em Goiás, pesquisa de campo, entrevistas, observações diretas e usos de diário de campo. Os resultados da pesquisa revelam as contradições do modelo extrativo mineral a céu aberto diante da expropriação das populações locais, exaustão das paisagens, intensificação de conflitos e efeitos socioambientais. Demonstram que a explotação mineral a céu aberto provoca transformações agudas nas paisagens, impacta o meio ambiente e a cultura, viola direitos humanos e ambientais, resultando no que se denomina de territórios fraturados. Em suma, expõem as contradições e a pilhagem territorial, promovidas pelo capitalismo extrativo.
Palavras-chave: Megamineração. Território. Conflitos.
CINEMA
Luz rebelde: sob o sol do cinema paraibano
A construção de uma narrativa cinematográfica a partir de imagens em conflito com as imposições da gramática do cinema industrial marca os filmes da Paraíba dos anos 1960. Referência no processo de modernização do cinema brasileiro, Aruanda funde documentário e ficção, abordando temas que ainda ressoam no nosso tempo, como o racismo, a fome e a invisibilidade dos descendentes de africanos escravizados. Luz e montagem desbravam um novo horizonte. O filme é um contraponto ao momento em que o Brasil aposta na modernização conservadora que resulta na ampliação da industrialização e na ousada construção de Brasília. No final da década, O País de São Saruê mergulha ainda mais na miséria do sertão nordestino, e desafia, com suas imagens fortes e narrativa em ritmo de poesia popular e erudita, o tom ufanista da propaganda da ditadura civilmilitar. Rebento dessas experiências, Ultravioleta, uma ficção científica em tom de desespero, atordoa o espectador com a força da sua luz.
“Em um futuro distópico, não existe mais lugar para onde ir”; Uma entrevista com o cineasta Dhiones do Congo
José Diones Nunes dos Santos, conhecido como Dhiones do Congo, é roteirista, diretor de cinema, presidente da Associação Cultural do Congo e diretor do Festival de Cinema CineCongo, além de professor da Educação Básica do município de Camalaú/PB. Natural do município de Congo/PB, é formado em Pedagogia pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB); pós-graduado em Psicopedagogia e Supervisão Escolar pela Universidade Cândido Mendes/RJ; licenciado em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Campina Grande (UFCG); mestrando em Ensino de Sociologia pela Universidade Federal de Campina Grande (UFCG/PROFSOCIO). Dhiones é membro do Grupo de Pesquisa Políticas Públicas, Gestão Educacional e Participação Cidadã (PPGEPaC), Projeto Cinestésico, UFPB. Atualmente, também coordena o Projeto eDOCação, ofertando oficinas de produção audiovisual para crianças e adolescentes em ambientes educativos.
REVIEWS
Anticorpo: A Parody on the Colonial Ambition by Patrícia Lino
An audiovisual book review by Isaac Giménez
NOTES ON EDITORS AND CONTRIBUTORS
NOTES ON EDITORS AND CONTRIBUTORS
Editors and Contributors